
Identidade e Missão – ação de formação em Fátima


É com grande pesar e saudade que informamos que, na manhã do dia 5 de julho de 2022, faleceu a fundadora e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha.
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha apresenta condolências aos seus familiares e amigos e expressa a sua mais sentida homenagem e gratidão, juntamente com o compromisso de continuar a concretizar a vontade e valores da sua Fundadora.
Maria Beatriz Lopes da Cunha, nasceu na freguesia de Ranhados, na cidade de Viseu, a vinte e quatro de outubro de mil novecentos e vinte e sete.
Era a primeira de quatro filhos de José Lopes, comerciante, e de Olímpia Fernandes Araújo Cunha Lopes.
Frequentou o Liceu Nacional Alves Martins (hoje Escola Secundária) na cidade de Viseu e licenciou-se em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Porto.
A sua vida profissional esteve sempre ligada à Farmácia Paranhense, situada na Rua do Comércio, em Paranhos da Beira, freguesia do concelho de Seia – Guarda. Aí viveu cerca de 60 anos, até decidir mudar a sua residência para a cidade de Viseu.
Desde os seus tempos de faculdade, revelou-se sensível e solidária com as carências económicas e educativas das populações de Miragaia, no Porto. A relação humana e profissional com as pessoas que requeriam os seus serviços, em redor de Paranhos da Beira, possuiu do mesmo modo esse cunho de cuidado e responsabilidade social.
Coerente com esta linha de atuação, em 2010, juntamente com outras pessoas amigas, decidiu concretizar na Fundação com o seu nome a vontade de deixar um legado que pudesse contribuir para um melhor entendimento e maior tomada de consciência da importância da dignidade da pessoa humana nas mais diversas esferas da sociedade portuguesa e no mundo.
A inauguração da nova sede do Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural em Gualtar, Braga, o projeto cultural mais relevante, até hoje, da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, em resposta a vontade expressa pela sua Fundadora, teve lugar no dia 14 de maio de 2022 com um dia de portas abertas às famílias, autoridades e a toda a comunidade envolvente.
Durante o dia, foi possível efetuar uma visita guiada às instalações e ao Clube Juvenil em atividade, apreciar um vídeo e um friso cronológico sobre a história do Clube, com as datas e fotografias dos acontecimentos mais significativos ao longo dos quase 50 anos de vida do Colina, em Braga.
Pelas 18.00h, foi a vez de receber a visita do Senhor Arcebispo Primaz de Braga, Dom José Cordeiro, o qual presidiu à sagração do altar do Oratório do Centro Cultural e concelebrou a Eucaristia com Mons. José Rafael Espírito Santo, vigário regional da Prelatura do Opus Dei.
Estiveram presentes, em representação dos órgãos sociais da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, a Dra. Maria do Céu Baptista Lopes, a Dra. Maria Lucília Salgado Baptista Vieira Martins, a Dra. Marta Isabel Maia Torres de Oliveira, a Dra. Maria Lúcia Quental de Aguiar e a Dra. Maria Alexandrina Coutinho Portela Cabral de Almeida; a Direção do Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural: Dra. Susana Segura Padros, Eng. Maria Freitas do Amaral, Dra. Teresa Tato e Eng. Carla Carvalho e Ana Azevedo; o arquiteto António José Cerejeira Fontes e o Eng. João Miguel da Costa Almeida e Silva; as associadas, monitoras e suas famílias, antigas e atuais, outros colaboradores e individualidades.
De facto, o Clube Colina tem exercido a sua atividade desde 1974 e influenciado várias gerações da cidade de Braga e da região do Minho.
O seminário “O Impacto do Serviço” realizou-se no dia 26 de maio de 2022, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), com a presença de cerca de uma centena de alunos desta instituição e de algumas escolas profissionais da região Centro.
A sessão foi aberta pela Professora Helena Maria Vala Correia, vice-presidente do IPV, e pela Professora Maria do Céu Baptista Lopes, em representação da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha (FMBLC), responsável pelo evento.
Este Seminário dirigiu-se fundamentalmente a académicos que pretendem dedicar-se a profissões onde o serviço às pessoas é essencial (Hotelaria, a Restauração, o Turismo, a Saúde…) ou seja, a profissionais “que transformam pessoas desde dentro, que procuram O BEM DA PESSOA”. Referindo-se aos objetivos do evento, a presidente do Conselho de Administração da FMBLC destacou que este tema se insere nos eixos estratégicos da Fundação e deu origem a sinergias de colaboração e reflexão.
Seguidamente, a Professora Cristina Barroco, Diretora do Curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu e moderadora da primeira mesa, reiterou a importância e pertinência do tema em debate e convidou o Dr. Tiago Gonçalves, Diretor da Pousada de Viseu, e o Chef Diogo Rocha, eleito “Chef do Ano” em 2020, a partilharem as suas experiências.
Ohana: Culture of Care , um conceito surpreendente: criar um ambiente de família, como forma de gerir as expectativas do cliente e dos colaboradores, foi o tema explorado pelo Dr. Tiago Gonçalves. Após uma “viagem” pelo Grupo Pestana de que fazem parte a Pousada de Viseu e a Pousada da Serra da Estrela , apresentadas como uma possibilidade de emprego para alguns dos participantes, salientou aspetos do serviço oferecido que contribuem para uma experiência de Ohana. Todos servimos, de algum modo. Todos oferecemos tempo, pormenores, atenção, experiências: a experiência de estar em casa, em família…
Por seu lado, o Chef Diogo Rocha, na sua intervenção sobre “O sentido e a necessidade de servir“, sublinhou a ideia de que todos servimos e mais meritoriamente ainda numa profissão cujo centro é a Pessoa.
Após o intervalo para o almoço, o enólogo Eng. João Cabral Almeida deu início à segunda sessão de trabalhos em que intervieram a Doutora Marta Lince de Faria, numa perspetiva filosófica, e a Dra. Teresa Sarmento, enquanto médica oncologista e especialista em cuidados paliativos, no Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro.
Na sua intervenção sobre “Liderar pelo Serviço“, Marta Faria salientou que “o verdadeiro poder é o serviço”, o poder de transformar as pessoas, de as ativar, cativar desde dentro. O maior poder é o que ativa o maior bem. A maior riqueza está nas relações interpessoais. Quando sirvo, ajoelho-me diante da pessoa e levantamo-nos juntos. O serviço de que somos objeto recorda-nos que valemos muito; aquele que oferecemos manifesta a descoberta do valor do outro. Existe algo de gratuito no serviço. O ser humano não se esgota na satisfação de necessidades; orienta-se para fora, para o conhecimento, para a relação. Alguns paradoxos: vivemos numa cultura da imagem; verificamos uma necessidade de reconhecimento, de aprovação por parte dos outros. Simultaneamente, vivemos numa cultura da autonomia em que um ideal seria não precisar dos outros, uma utopia de um mundo onde o serviço não seria necessário, com o isolamento como consequência. O serviço é fonte de felicidade para quem serve e para quem é servido.
A Dra. Teresa Sarmento apresentou um testemunho muito forte sobre a sua experiência em doenças terminais e cuidados paliativos, começando por afirmar que “os corpos doem, mas as pessoas sofrem”. Que o seu serviço há de ser centrado no doente, em pessoas no seu estado mais frágil. Um estado em que as coisas importantes deixam de ter sentido e onde gestos pequenos, como sentar-se ao nível dos olhos, pegar na mão, mostrar uma foto…. , adquirem e dão valor. A empatia e a escuta, o estar verdadeiramente com o outro, plenamente presentes, é o que realmente importa. Lemas que norteiam as relações: “Faz o que deves e está no que fazes!” e “O sofrimento é intolerável quando ninguém se importa”.
O Seminário terminou com a excelente atuação da Orquestra de Sopros do Conservatório Regional de Música de Ferreirim, dirigida pelos Professores Paulo Fonseca e Nuno Bastos.
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha promove e apoia um ciclo de formação online em temas de educação e família para o qual conta com a participação de profissionais e casais experientes que poderão estabelecer um espaço de diálogo e interajuda em ambiente familiar.
A primeira sessão, com o tema “Educar na Ordem“, realizou-se a 5 de fevereiro de 2022 e contou com a participação de 26 pessoas de vários pontos do continente e da ilha da Madeira. Foi oradora a Dra. Rita Rebordão, de Lisboa, mãe, psicóloga educacional e formadora.
Bibliografia:
Isaacs, D. (2009). Virtudes Humanas – Educar e Avaliar. Lisboa: Diel.
A 5 de março, teve lugar a sessão Educar no Pudor, a cargo de Julie Machado Rodrigues, mãe, professora e teóloga. Participaram 38 pessoas de Portugal e Brasil.
A 2 de abril de 2022, Gisela Santos, de Braga, presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Tourette (APST), mãe de 4 filhos, sendo que 3 apresentam necessidades especiais, apresentou o seu testemunho na sessão Educar na Resiliência.
A 7 de maio de 2022, após dois anos de pandemia e em pleno conflito Rússia/Ucrânia, teve lugar a sessão “Educar em tempo de Guerra”, novamente a cargo da psicóloga educacional Rita Rebordão, de Lisboa.
As “Conversas em Família” terão lugar tendencialmente uma vez por mês, prevendo-se os seguintes temas:
Caso deseje ser contactado/a para outras “Conversas em Família”, queira preencher o seguinte formulário:
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha apoiou o Seminário # Família Influencer realizado a 20 de novembro de 2021, na Quinta de Enxomil, em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, com a presença de 49 participantes, “mulheres que ambicionam mudar o mundo a partir das suas famílias”.
Do programa, destacamos:
Segundo as respostas ao questionário de avaliação, 57% das participantes classificaram o evento como tendo sido acima do esperado, 43% em linha com o esperado e zero abaixo do esperado. Os temas abordaram problemas da sociedade atual ; as conferências foram muito pertinentes com o momento que se atravessa e com os obstáculos criados às famílias; foram conteúdos, reflexões, interpelação à vida pessoal e familiar, inspiração e ferramentas para repensar o percurso familiar ; os testemunhos reais , a troca de experiências e pensamentos e a partilha também foram bastante valorizados pelas participantes.
O “TAKE OFF” é um programa inovador de desenvolvimento de competências críticas (autorregulação, pensamento criativo, comunicação, resolução de problemas, resiliência) para o futuro da Geração Z – jovens dos 14 aos 18 anos de idade, coordenado pela formadora Paula Guedes.
Consiste numa viagem transformadora, em 4 etapas, que vai capacitar para pilotarem com sucesso as suas vidas (pessoal, académica e profissional), gerando impacto positivo nos outros. Integra módulos formativos (interativos e experienciais), mentoring e intervenções dos participantes no terreno (ações individuais ou em equipa, geradoras de uma mudança positiva).
+BeMore é um programa personalizado dirigido a jovens estudantes que visa melhorar o seu rendimento académico compatibilizando competências que facilitem a integração no mundo profissional.
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, no âmbito dos seus eixos estratégicos “Impacto do Serviço” e “Educação Personalizada“, recolhe a experiência dos seus parceiros e apoia a implementação do programa +BeMore.
O +BeMore oferece:
Jovens universitárias e estudantes de 12º ano (17 aos 23 anos)
Residência Universitária Laranjeiras – Lisboa – Sede +BeMore
Conecta e Avanzo – Fundación Esycu – Valencia