
Identidade e Missão – ação de formação em Fátima


A inauguração da nova sede do Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural em Gualtar, Braga, o projeto cultural mais relevante, até hoje, da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, em resposta a vontade expressa pela sua Fundadora, teve lugar no dia 14 de maio de 2022 com um dia de portas abertas às famílias, autoridades e a toda a comunidade envolvente.
Durante o dia, foi possível efetuar uma visita guiada às instalações e ao Clube Juvenil em atividade, apreciar um vídeo e um friso cronológico sobre a história do Clube, com as datas e fotografias dos acontecimentos mais significativos ao longo dos quase 50 anos de vida do Colina, em Braga.
Pelas 18.00h, foi a vez de receber a visita do Senhor Arcebispo Primaz de Braga, Dom José Cordeiro, o qual presidiu à sagração do altar do Oratório do Centro Cultural e concelebrou a Eucaristia com Mons. José Rafael Espírito Santo, vigário regional da Prelatura do Opus Dei.
Estiveram presentes, em representação dos órgãos sociais da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, a Dra. Maria do Céu Baptista Lopes, a Dra. Maria Lucília Salgado Baptista Vieira Martins, a Dra. Marta Isabel Maia Torres de Oliveira, a Dra. Maria Lúcia Quental de Aguiar e a Dra. Maria Alexandrina Coutinho Portela Cabral de Almeida; a Direção do Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural: Dra. Susana Segura Padros, Eng. Maria Freitas do Amaral, Dra. Teresa Tato e Eng. Carla Carvalho e Ana Azevedo; o arquiteto António José Cerejeira Fontes e o Eng. João Miguel da Costa Almeida e Silva; as associadas, monitoras e suas famílias, antigas e atuais, outros colaboradores e individualidades.
De facto, o Clube Colina tem exercido a sua atividade desde 1974 e influenciado várias gerações da cidade de Braga e da região do Minho.
Parte do património da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha consiste num prédio misto, doado pela Fundadora, Dra. Maria Beatriz Lopes da Cunha, situado na Rua da Igreja Nova, 81, em Gualtar, Braga, cidade com forte influência universitária no norte do país.
Nesse prédio, de acordo com a intenção da Fundadora, a Fundação iniciou, no ano de 2015, a construção de um edifício para instalar um centro de atividades culturais para a juventude, processo que se convencionou designar por “Projeto Colina – Construção e Implementação do Centro Cultural e Residência”.
Os projetos de arquitetura do edifício, da autoria do Arq. António Jorge Fontes, foram aprovados pela Câmara Municipal de Braga a 6 de outubro de 2015, com a denominação “Colina – Centro Cultural e Residência”. Os projetos de especialidades foram entregues a 28 de dezembro de 2015 e aprovados em 22 de agosto de 2016. Prepararam-se entretanto os cadernos de encargos que receberam aprovação em março de 2017. Foram efetuados convites à apresentação de propostas para adjudicação da obra a 13 empresas de construção civil.
A 29 de setembro de 2017, foi celebrado o contrato de empreitada do “Colina – Centro Cultural e Residência” e, a 2 de outubro, apresentado o requerimento de alvará de construção junto da Câmara Municipal de Braga, sendo este aprovado a 12 de dezembro.
A 22 de janeiro de 2018, a empresa QT Civil – Engenharia e Reabilitação S. A. iniciou oficialmente a construção do “Colina – Centro Cultural e Residência” cujos trabalhos, instalação e decoração foram concluídos no final do ano de 2020.
A inauguração oficial do Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural teve lugar no dia 14 de maio de 2022.
Desde sempre foi preocupação da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha que a infraestrutura a construir em Braga, bem como todas as que futuramente se vierem a edificar, tivessem uma clara e elevada taxa de utilização tirando partido de todas as valências oferecidas de uma forma permanente. O objetivo será que todas as unidades ou valências da Fundação sejam montras vivas – Living Labs – dos seus projetos, implementações reais dos conceitos de sustentabilidade para a Família, realizações animadas pela Juventude e o Serviço, onde se aplica a metodologia da Educação Personalizada.
Este centro, atualmente designado como Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural, tem como fim a operacionalização das atividades da Fundação em Braga, nomeadamente a realização de múltiplas ações relacionadas com os seus eixos estratégicos, dirigidas a famílias e estudantes e com os seguintes objetivos:
Para tanto, conta com a contribuição de personalidades ligadas à Universidade, à cultura, às artes e às ciências, procurando identificar o maior número possível de instituições e projetos de relevo de modo a estabelecer parcerias..
O Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural reconhece e acolhe a experiência de atividade cultural desenvolvida com a juventude pelo Clube Colina, que deu os seus primeiros passos em Braga, nos anos 70 do século XX, na Rua de S. Sebastião, nº 69 e, a partir de 1991, nas instalações da Rua de S. Gonçalo, nº 47.
No edifício construído na Rua da Igreja Nova , 81 – Gualtar, os recursos físicos disponíveis abrem novas potencialidades para o exercício da sua missão.
O Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural (www.colina.pt) é dinamizado por uma equipa multidisciplinar que procura promover a contribuição ativa de todos os colaboradores e participantes nas suas atividades, de modo a que, com iniciativa, espírito de serviço e responsabilidade, sejam atores de melhoria e intervenção social.
O Clube Colina (www.colina.pt), na sua vertente de Clube Juvenil, é um centro de atividades extracurriculares, cuja Missão é colaborar com os pais na tarefa educativa, complementando o papel da família e da escola. Os tempos livres têm uma notável transcendência educativa, pelo que se constituem como parte da construção de um projeto educativo familiar.
Tendo como Visão “Formar o Futuro”, o objetivo do Clube Colina consiste em dar ferramentas para que as associadas desenvolvam personalidades fortes e equilibradas, como estudantes responsáveis, profissionais competentes, e que percebam o seu papel insubstituível na família e na sociedade.
Os valores essenciais do Clube Colina são:
No Clube Colina, tendo como foco a Formação da Personalidade de cada Associada, procura-se estimular as potencialidades e aptidões de cada uma, num processo de auto crescimento. Cada jovem recebe um acompanhamento personalizado de acordo com as suas necessidades, num ambiente de amizade e confiança recíprocas, sem qualquer discriminação por motivos sociais, raciais, políticos, religiosos ou outros. Valorizam-se as atividades associadas à cidadania e ao voluntariado e fomenta-se uma atitude proativa na resolução dos problemas da sociedade.
O seminário “O Impacto do Serviço” realizou-se no dia 26 de maio de 2022, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), com a presença de cerca de uma centena de alunos desta instituição e de algumas escolas profissionais da região Centro.
A sessão foi aberta pela Professora Helena Maria Vala Correia, vice-presidente do IPV, e pela Professora Maria do Céu Baptista Lopes, em representação da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha (FMBLC), responsável pelo evento.
Este Seminário dirigiu-se fundamentalmente a académicos que pretendem dedicar-se a profissões onde o serviço às pessoas é essencial (Hotelaria, a Restauração, o Turismo, a Saúde…) ou seja, a profissionais “que transformam pessoas desde dentro, que procuram O BEM DA PESSOA”. Referindo-se aos objetivos do evento, a presidente do Conselho de Administração da FMBLC destacou que este tema se insere nos eixos estratégicos da Fundação e deu origem a sinergias de colaboração e reflexão.
Seguidamente, a Professora Cristina Barroco, Diretora do Curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu e moderadora da primeira mesa, reiterou a importância e pertinência do tema em debate e convidou o Dr. Tiago Gonçalves, Diretor da Pousada de Viseu, e o Chef Diogo Rocha, eleito “Chef do Ano” em 2020, a partilharem as suas experiências.
Ohana: Culture of Care , um conceito surpreendente: criar um ambiente de família, como forma de gerir as expectativas do cliente e dos colaboradores, foi o tema explorado pelo Dr. Tiago Gonçalves. Após uma “viagem” pelo Grupo Pestana de que fazem parte a Pousada de Viseu e a Pousada da Serra da Estrela , apresentadas como uma possibilidade de emprego para alguns dos participantes, salientou aspetos do serviço oferecido que contribuem para uma experiência de Ohana. Todos servimos, de algum modo. Todos oferecemos tempo, pormenores, atenção, experiências: a experiência de estar em casa, em família…
Por seu lado, o Chef Diogo Rocha, na sua intervenção sobre “O sentido e a necessidade de servir“, sublinhou a ideia de que todos servimos e mais meritoriamente ainda numa profissão cujo centro é a Pessoa.
Após o intervalo para o almoço, o enólogo Eng. João Cabral Almeida deu início à segunda sessão de trabalhos em que intervieram a Doutora Marta Lince de Faria, numa perspetiva filosófica, e a Dra. Teresa Sarmento, enquanto médica oncologista e especialista em cuidados paliativos, no Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro.
Na sua intervenção sobre “Liderar pelo Serviço“, Marta Faria salientou que “o verdadeiro poder é o serviço”, o poder de transformar as pessoas, de as ativar, cativar desde dentro. O maior poder é o que ativa o maior bem. A maior riqueza está nas relações interpessoais. Quando sirvo, ajoelho-me diante da pessoa e levantamo-nos juntos. O serviço de que somos objeto recorda-nos que valemos muito; aquele que oferecemos manifesta a descoberta do valor do outro. Existe algo de gratuito no serviço. O ser humano não se esgota na satisfação de necessidades; orienta-se para fora, para o conhecimento, para a relação. Alguns paradoxos: vivemos numa cultura da imagem; verificamos uma necessidade de reconhecimento, de aprovação por parte dos outros. Simultaneamente, vivemos numa cultura da autonomia em que um ideal seria não precisar dos outros, uma utopia de um mundo onde o serviço não seria necessário, com o isolamento como consequência. O serviço é fonte de felicidade para quem serve e para quem é servido.
A Dra. Teresa Sarmento apresentou um testemunho muito forte sobre a sua experiência em doenças terminais e cuidados paliativos, começando por afirmar que “os corpos doem, mas as pessoas sofrem”. Que o seu serviço há de ser centrado no doente, em pessoas no seu estado mais frágil. Um estado em que as coisas importantes deixam de ter sentido e onde gestos pequenos, como sentar-se ao nível dos olhos, pegar na mão, mostrar uma foto…. , adquirem e dão valor. A empatia e a escuta, o estar verdadeiramente com o outro, plenamente presentes, é o que realmente importa. Lemas que norteiam as relações: “Faz o que deves e está no que fazes!” e “O sofrimento é intolerável quando ninguém se importa”.
O Seminário terminou com a excelente atuação da Orquestra de Sopros do Conservatório Regional de Música de Ferreirim, dirigida pelos Professores Paulo Fonseca e Nuno Bastos.
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha promove e apoia um ciclo de formação online em temas de educação e família para o qual conta com a participação de profissionais e casais experientes que poderão estabelecer um espaço de diálogo e interajuda em ambiente familiar.
A primeira sessão, com o tema “Educar na Ordem“, realizou-se a 5 de fevereiro de 2022 e contou com a participação de 26 pessoas de vários pontos do continente e da ilha da Madeira. Foi oradora a Dra. Rita Rebordão, de Lisboa, mãe, psicóloga educacional e formadora.
Bibliografia:
Isaacs, D. (2009). Virtudes Humanas – Educar e Avaliar. Lisboa: Diel.
A 5 de março, teve lugar a sessão Educar no Pudor, a cargo de Julie Machado Rodrigues, mãe, professora e teóloga. Participaram 38 pessoas de Portugal e Brasil.
A 2 de abril de 2022, Gisela Santos, de Braga, presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Tourette (APST), mãe de 4 filhos, sendo que 3 apresentam necessidades especiais, apresentou o seu testemunho na sessão Educar na Resiliência.
A 7 de maio de 2022, após dois anos de pandemia e em pleno conflito Rússia/Ucrânia, teve lugar a sessão “Educar em tempo de Guerra”, novamente a cargo da psicóloga educacional Rita Rebordão, de Lisboa.
As “Conversas em Família” terão lugar tendencialmente uma vez por mês, prevendo-se os seguintes temas:
Caso deseje ser contactado/a para outras “Conversas em Família”, queira preencher o seguinte formulário:
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha apoiou o Seminário # Família Influencer realizado a 20 de novembro de 2021, na Quinta de Enxomil, em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, com a presença de 49 participantes, “mulheres que ambicionam mudar o mundo a partir das suas famílias”.
Do programa, destacamos:
Segundo as respostas ao questionário de avaliação, 57% das participantes classificaram o evento como tendo sido acima do esperado, 43% em linha com o esperado e zero abaixo do esperado. Os temas abordaram problemas da sociedade atual ; as conferências foram muito pertinentes com o momento que se atravessa e com os obstáculos criados às famílias; foram conteúdos, reflexões, interpelação à vida pessoal e familiar, inspiração e ferramentas para repensar o percurso familiar ; os testemunhos reais , a troca de experiências e pensamentos e a partilha também foram bastante valorizados pelas participantes.
“A amizade é dos maiores presentes que uma pessoa pode ter e pode oferecer”. Estas palavras do Papa Francisco serviram de mote para a organização de dois fins-de-semana de reflexão sobre a Amizade no mês de novembro.
Para além de o mistério que a amizade traz consigo, quem tem verdadeiras amizades experimenta que ter um amigo é ter um tesouro. Num mundo repleto de solidão, saber que temos alguém que nos acompanha nos momentos alegres e tristes, fáceis e difíceis faz toda a diferença. A amizade é simultaneamente dom e tarefa. É uma realidade que não se pode exigir nem conquistar, mas manter uma boa amizade implica dedicação e cuidado.
Há amizades profundas e há “amizades” que se corrompem enquanto amizades. Apesar de ser um bem delicado e árduo, é necessário afirmar que a experiência da verdadeira amizade é uma das mais belas experiências humanas. É bom ter amigos por perto. É bom saber que existem vidas que se cruzam com a nossa e que nos ajudam a ser quem somos. Este seminário é um convite a aprofundar no valor desta realidade e a celebrar o seu bem inestimável.
Porque é que a amizade nos preenche? Descobrir de novo o tesouro da amizade, refletir sobre como fomentar a amizade na família, entre as diversas gerações, no trabalho, numa era digital, a nível global, constituíram-se como situações e experiências partilhadas no Seminário “A Força da Amizade” que teve lugar nos dias 23 e 24 de novembro, na Quinta de Enxomil, em Arcozelo – Vila Nova de Gaia, com cerca de cinquenta participantes.
Escrever cartas à família e amigos de doentes terminais pode ser, segundo a abordagem filosófica de Margarida Góis Moreira, uma forma de descobrir a necessidade imperiosa e vital das relações de amizade que aquele “Cativa-me, por favor!” da raposa de “O Principezinho” manifesta. A amizade constrói-nos.
O modo como as Gerações X, Y e Z encaram as suas amizades, afinal, não é assim tão diferente, comprovaram as psicólogas e investigadoras da Universidade do Minho, Beatriz Pereira e Gabriela Figueiredo. Manifesta-se, utiliza recursos e atividades diversos, mas a verdade é que todos somos interessantes e podemos provocar empatia. Dar e gastar tempo com os amigos é um desafio para todas as gerações.
Como construir a amizade na Família? Carolina Lousada, economista, mãe de 5 filhos e Rosário Montenegro, mãe de 8 e avó de 30, descreveram as suas táticas para fomentar a amizade entre os diversos membros da família nuclear e alargada nas diferentes idades da vida.
Da reflexão num trabalho de grupo entre as participantes surgiram conclusões relacionadas com oportunidades e obstáculos à construção de boas e duradouras amizades.
A tarde de sábado terminou com a atuação a capella do Grupo AlmaGraham o qual apresentou algumas peças do seu repertório de canto gregoriano e renascentista.
Mariana Soares da Costa, Berta Catalão e Rita Silva partilharam as suas experiências de amizade nos respetivos locais de trabalho: uma multinacional, uma unidade de saúde familiar e uma empresa agroalimentar na área dos laticínios. Do equilíbrio entre as relações profissionais e as relações pessoais, entre conceitos como o trabalho em equipa, a autoridade, as chefias, a competitividade entre pares, a entreajuda e a exigência de resultados, surgiram desafios e oportunidades para potenciar melhorias no ambiente de trabalho e na produtividade. Não só é possível encontrar amigos no trabalho como necessário. Para tal, Berta Catalão assinalou alguns pontos-chave: conhecer as pessoas que trabalham connosco, valorizar as suas competências, usar de tolerância numa sociedade em que somos medidos pelo sucesso, combater vícios como a murmuração ou a mentira com a lealdade e discrição, dar exemplo.
Adelina Pereira, atual Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo e com uma longa experiência de direção de um agrupamento escolar, presenteou-nos com a sua e muitas outras histórias de vida onde a amizade era condição de eficiência no trabalho em equipa e desenvolvimento pessoal dos alunos e colaboradores.
Desconectar para conectar foi o objetivo que Carlos – professor de TIC – e Francisca Araújo, pai e filha, propuseram perante a constatação de que não existem amigos virtuais. Não pode haver amizade sem a presença. A procura da amizade virtual acontece maioritária e paradoxalmente entre os adultos e responde a um sentimento de isolamento e solidão, à necessidade de reencontro com colegas, amigos que se dispersaram.
O Concerto da Família é uma iniciativa da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha oferecida à população de Viseu com o objetivo de assinalar o Dia Internacional da Família.
Este evento realizou-se em parceria com o Conservatório Regional de Ferreirim – Sernancelhe e o Instituto Politécnico de Viseu.