O empreendedorismo social é uma ferramenta que nos ajuda a resolver problemas sociais de uma forma eficaz, inovadora e sustentável.
O empreendedor social, além da missão para resolver o problema que o apaixona, alinha-se por uma busca de competências que garantem que o problema é resolvido, de forma cooperativa e inclusiva. Mais do que empreendedor, este é também um ativista que faz o mundo avançar para um lugar melhor.
Se se preocupa com problemas como a exclusão social, a pobreza, a proteção da vida, os desequilíbrios ambientais, a interação intergeracional e muitos outros, este poderá ser um programa interessante para dar os primeiros passos com o seu projeto e tornar estes problemas em oportunidades de criar uma sociedade mais próspera e inclusiva.
Mais do que fazer voluntariado, é preciso aprender a ser voluntária
Um projeto de voluntariado PARA QUEM QUER MUDAR a vida daqueles que estão ao seu lado.
Empenhados, mas não comprometidos – é assim que muitos caracterizam a Geração Z: os jovens nascidos entre meados da década de 90 e 2010. São conhecidos pela sua preocupação social, ecológica e humanitária. Praticamente todos já estiveram envolvidos num projeto de voluntariado, até porque, muitas vezes, este é um requisito académico das instituições em que estudam. Mas que poderia fazer de um destes jovens um empreendedor social ou alguém seriamente comprometido com uma organização ou iniciativa social que precisa de voluntários?
Para dar resposta a estas questões, surgiu o V365.
O V 365 tem como objetivo capacitar jovens universitárias para promover iniciativas de apoio social com impacto nos seus lugares de residência.
7 dias para dar continuidade nos 365 dias do ano: 21 a 27 de Julho 2019 .
Durante 7 dias, as voluntárias tiveram a possibilidade de colaborar com uma organização de apoio social consoante o seu perfil e áreas de interesse. Esta experiência foi uma ocasião para refletir acerca da importância de ser voluntário/a nos 365 dias do ano e não somente em ocasiões pontuais.
Sessões de formação, testemunhos, conhecer outras iniciativas.
Tardes de formação com sessões sobre antropologia, empreendedorismo social, project management, talks com empreendedores sociais, etc;
Serões de testemunhos reais com um autêntico impacto social;
Troca de experiências entre voluntárias e especialistas.
Em Lisboa, para jovens universitárias.
Lisboa, tal como outras áreas metropolitanas, sofre de uma grande pobreza urbana. Por este motivo existe uma maior concentração e variedade de associações parceiras que atuam ao longo do ano e com as quais as voluntárias do projeto irão colaborar nestes dias.
Plano de formação V 365
Parte 1: Introdução ao Voluntariado
Conceitos-chave e tipos de voluntariado
Características e valores inerentes à prática do voluntariado;
Importância do voluntariado para a sociedade;
Complexidade dos diferentes contextos de intervenção;
Voluntariado em Portugal (enquadramento legal/jurídico).
Parte 2: Ajudar pessoas
Questões éticas do voluntariado;
Direitos e deveres do voluntário;
Dignidade humana e Direitos humanos.
Parte 3: Ser voluntário
Princípios e atitudes do voluntário / competências transversais a desenvolver;
Que voluntário/a sou eu? (conhecer-se);
Comunicação e relacionamento / gestão emocional.
Parte 4: Um Projeto de Voluntariado
Noções de gestão de organizações sem fins lucrativos;
Gestão de tempo – faculdade/voluntariado, trabalho/voluntariado;
Trabalho em equipa:
Gestão de equipas
Organização de voluntários
Gestão de conflitos
Como dar vida a um projeto de voluntariado?
Identificação de âmbitos de intervenção: onde me vejo a ajudar
Objetivos do meu projeto: onde quero chegar?
Planeamento e organização
Recrutamento e formação de voluntários
Experiências
1.Como é que na mesma família há três irmãos que fundam três associações de voluntariado?
Esse foi o tema da conversa que o grupo pôde ter com a Maria Almeida e Brito, fundadora daAssociação Amigos Improváveis. A Maria explicou: “o Lourenço começou com o Just a Change; eu, como irmã que vinha a seguir e que vi a associação do meu irmão crescer e que as coisas estavam a resultar, desafiei umas amigas a criar os Amigos Improváveis (AI) depois de uma Missão País e a Ritinha fundou, ainda no secundário, o Tu Podes”. Desafios, oportunidades e dificuldades, a Maria descreveu em detalhe o desenvolvimento dos AI. No final, ficou clara uma ideia pela voz de outra das pessoas da direção da associação AI, Maria Chambel Leitão: “de facto, a Maria tem esta vontade toda, teve esta ideia e os irmãos têm estas ideias incríveis, mas não é isto que cria um projeto. O que faz um projeto andar para a frente é uma equipa multidisciplinar. Todas as pessoas da direção dos AI são muito diferentes umas das outras, cada uma tem diferentes competências. Não temos que ser todos aquele que traz novas ideias, mas todos podemos ser empreendedores.”
2. Também Ana Margarida Marcos e João Freire de Andrade explicaram como nas várias etapas das suas vidas sempre estiveram envolvidos em atividades de voluntariado. O João, através do Colégio São João de Brito nos Campinácios e no apoio ao estudo no Pragal e a Ana Margarida, no Colégio Mira Rio e no Clube Darca. Ficaram dois conselhos: “sacrifício e animar”. (…) Há atividades em que as pessoas se sentem melhor, uma Missão País, por exemplo. Estas atividades são como uma boa sobremesa. O voluntariado de longo prazo é como o prato principal de uma refeição, mais nutritivo e menos saboroso. Mas uma refeição tem de tudo e o mesmo acontece com o voluntariado”.
3. Teresa Tato Lima (Porto, Filosofia) explicou: “Eu nunca tinha ido ao armazém do Banco Alimentar, só tinha participado em campanhas. Impressionou-me o clima geral de generosidade e de serviço. Aqui entra-se em contacto com toda uma filosofia de vida que consiste em querer melhorar sempre um bocadinho o estado de coisas com que nos encontramos. (…) No Banco Alimentar e na Entrajuda há um sentido de dignidade humana muito profundo em toda a atividade: quer a mais material quer a mais organizativa.”
4. Lúcia Gomes (Braga, Engenharia Têxtil) descobriu o aspeto divertido de ajudar os outros. “Nunca pensei que me pudesse divertir nem aprender tanto reabilitando uma casa. O senhor Zé, encarregado da obra, era exigente connosco e ao princípio um tanto desconfiado “destas meninas”. Mas depois percebeu que queríamos mesmo trabalhar a sério e começou a puxar por nós. A dona da casa que estávamos a reabilitar vinha todos os dias ver os trabalhos e falar connosco.Foi-nos perguntando de que é que nós gostávamos e, no último dia, organizámos um lanche com coca-colas, sumos, bolos, amendoins. Utilizámos como mesa o mesmo andaime que nos serviu para a obra, o senhor Zé ensinou-nos como é que se faz nas obras. Juntámo-nos os vários voluntários, rimo-nos, foi um momento de comunhão. Terminei todos os dias coberta de pó e muito cansada, mas cheia!”
5. Maria Lopes (Braga, Economia Social) esteve a ajudar na terapia ocupacional na Clínica São João de Deus e considerou que “é comovente ver como atividades e tarefas tão normais como fazer a barba, ou cozinhar refeições simples, podem ser objeto de uma terapia de recuperação. Aprendemos a olhar de maneira diferente para tudo, com uma visão mais profunda.”
6. E a experiência da fundadora da Emergência Social, que trocou uma carreira na área do Direito pela associação que fundou com o que viria a ser o seu marido, depois de se terem conhecido em Fátima a atender deficientes profundos! Hoje, na zona de Lisboa em que estão implantados, já não permitem que aconteça o que a fez voltar sempre, desde a primeira vez em que conheceu o bairro: que uma criança desmaiasse na escola, por não ter tomado o pequeno-almoço!
Shark Tank
No último dia, as participantes da atividade apresentaram possíveis projetos sociais num “Shark Tank”. O projeto vencedor consistiu em criar um projeto gémeo do V365 na Universidade do Minho: formar universitários para a consciência cívica e para a importância de serem empreendedores ao confrontar-se com problemas sociais, a partir do quotidiano e não apenas em períodos de férias.
“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço”. (Papa Francisco)
Como em anos transatos, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha decidiu juntar diversos convidados em duas ações de formação dirigidas a um público-alvo adulto, tendo como mote a frase inaugural do pontificado do Papa Francisco: “Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço”.
Numa cultura como a nossa, que contrapõe mandar e
servir, poder e obedecer, acabamos por assumir uma visão caricatural do serviço
quando este é uma forma de relação que só os seres humanos podem ter. Nunca se
falou tanto da excelência do serviço, da importância do serviço ao cliente, de
liderar pelo serviço e, ao mesmo tempo, são cada vez mais raras as atitudes
genuínas de serviço.
Nestes seminários, realizados, em novembro de 2018, em S. Pedro de Sintra e Arcozelo – V. N. Gaia, cerca de 80 participantes puderam trabalhar este tema e inspirar-se em figuras como: Isabel Jonet, (presidente do Banco Alimentar Contra a Fome), os casais Francisco e Inês Vilhena da Cunha, Teresa e Francisco Tovar, e Carmo e Bento Amaral (famílias numerosas e com elementos portadores de deficiência física e mental), Fátima Carioca, Ana Rial e Domitília dos Santos (Financial Adviser), Marta Mendonça e Marta Lynce de Faria (Doutoras em Filosofia), moderadas pela socióloga e jornalista Isabel Teixeira da Mota, entre outros.
A Plataforma Corta Fogo Solidário constituiu-se como uma iniciativa privada de apoio às vitimas dos incêndios de 15 de outubro de 2017. Nasceu do desejo de não ficarmos parados ante um sofrimento de quem nos é tão próximo.
Perante esta situação de calamidade, com particular incidência na zona Centro, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, a partir do Clube Colina e de um Comité de Ação com elementos provenientes das áreas afetadas, decidiu implementar uma Plataforma de Apoio às Vítimas dos Incêndios 2017.
Na foto, os elementos do Comité de Ação: Maria Helena Sobral, Maria dos Anjos Matias e Joana Faure, acompanhadas por Maria do Céu Lopes (Presidente do Conselho de Administração da FMBLC) e Marta Faria (assessora).
Ao conceber este projeto, procurámos ter em atenção dois princípios:
Uma intervenção de médio prazo, uma vez que as necessidades imediatas já teriam sido satisfeitas, de modo excelente e extremamente solidário, por outros organismos. Tendo como objetivo, não simplesmente ajudar à sobrevivência, mas contribuir para que as vítimas dos incêndios voltassem o mais depressa possível ao estilo de vida que tinham anteriormente. Deste modo, o projeto da FMBLC destinava-se a procurar bens duráveis, essenciais para a vida de qualquer família, e ajudar no investimento necessário para que as pessoas voltassem às suas casas e seus trabalhos.
Tendo em conta as dúvidas de tantas pessoas que contribuíram para fundos de apoio às vítimas, estabelecemos um sistema de comunicação e ação partindo sempre de uma necessidade concreta, identificada por uma pessoa no terreno. Para esse efeito, pedimos ajuda aos amigos da Fundação e a quem quisesse ajudar.
O seguinte organigrama ilustra o modo como os projetos foram sujeitos a candidatura e geridos através da rede de contactos da FMBLC.
Organigrama de Ação
Projetos realizados
Apoios às Vítimas
Campos de Trabalho
Na primeira pessoa
Vivo na cidade de Braga, perto do Monte de Santa Marta, a caminho do Sameiro. Temos cinco filhos, com idades entre os 1 e 9 anos. No dia 15 de outubro de 2017, pelas 18.30h, fui ao quarto dos miúdos e já vi o incêndio a descer pela encosta de forma galopante. O meu marido não estava e, confiante na atuação dos bombeiros, resolvi começar a preparar os banhos das crianças, enquanto vigiava o fogo pela janela.
De repente, o vento virou para o nosso lado e começaram a chover fagulhas como se fosse fogo-de-artifício. Interrompi o banho, agarrei nos meus filhos e fui para casa dos meus sogros que vivem a 800m. Mas o fogo já vinha também a descer o monte da Falperra, a cerca de 1 km, num remoinho de cinzas e faúlhas. Saímos de casa, nós e os vizinhos, mas a polícia tinha cortado o trânsito. Não tínhamos como fugir!!!
Graças a Deus, pelas 22.00h, os bombeiros vieram e conseguiram controlar o fogo a cerca de 400m das moradias. Entretanto, com a ajuda dos vizinhos, regámos as madeiras das casas, os quintais, apanhámos as folhas… À uma da manhã, o incêndio foi considerado extinto.
No domingo seguinte, correspondendo ao sentimento de todos, o nosso pároco celebrou uma Missa de Ação de Graças pela proteção que recebemos nesse dia tão trágico para tantos portugueses.
A edição 2018 do Projeto Cabo Verde, um projeto de voluntariado internacional para a cooperação, desenvolvido por estudantes universitárias e jovens profissionais teve lugar no Bairro de Fontón, na cidade da Praia, de 22 de julho a 2 de agosto de 2018.
A estratégia de intervenção abrange três pilares fundamentais do desenvolvimento social: educação e formação, saúde e ambiente.
Seleção e formação de Voluntárias
Cerca de 200 inscrições foram recebidas através do site do Projeto Cabo Verde 2018. De março a junho, decorreu o processo de seleção e formação das 60 participantes provenientes de todo o país. As ações de formação tiveram lugar nas cidades de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa.
Simultaneamente, foram lançadas diversas iniciativas de angariação de donativos em dinheiro e géneros de modo a suportar as despesas do Projeto e a suscitar a solidariedade com a população-alvo. Destacamos as campanhas “Mochilas Solidárias” e “Famílias ajudam Famílias” que conseguiram mobilizar famílias e escolas de todo o país com o objetivo, respetivamente, de dotar crianças caboverdianas com material escolar básico e oferecer cabazes de alimentos.
Intervenção no terreno
A intervenção no terreno, em 2018, efetivou-se de 18 de
julho a 22 de agosto e decorreu no bairro do Fonton, na cidade da Praia,
envolvendo nas ações de voluntariado 60 estudantes do ensino superior e jovens
profissionais.
Os objetivos globais e
específicos do Projeto pretenderam dar um contributo para fazer dos
beneficiários os protagonistas do seu próprio desenvolvimento e,
complementarmente, apostar na formação das voluntárias, valorizando a
iniciativa de cada uma e proporcionando uma oportunidade de treinar, ganhar e
aperfeiçoar competências.
No âmbito do Corta Fogo Solidário, para além do socorro monetário e em espécie às vítimas identificadas, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha propôs-se fomentar a realização de campos de trabalho voluntário nas zonas afetadas, por parte dos beneficiários do Clube Colina e de outras entidades associadas à Plataforma.
Uma forma muito concreta de prestar um apoio de proximidade às vítimas e de proporcionar ocasiões de exercício da solidariedade e serviço aos jovens e menos jovens que pretendem estar ao lado das famílias atingidas pelo fogo.
Campos de Trabalho na freguesia de Serpins – Lousã
23 de novembro 2017
Com o apoio do Presidente da Junta de Freguesia de Serpins, Sr. João Pereira, do chefe do Agrupamento de Escuteiros, o Sr. Carlos, e com o Eng. Florestal Marco, foi identificada a Vila de Serpins como ponto de desenvolvimento de ações de voluntariado.
Um grupo de alunas do 9º ano de escolaridade doColégio Mira Rio, em Lisboa, iniciou um projeto de voluntariado prestando uma manhã de animação no Centro de Dia local, sob a Direção Técnica da Dr.ª Helena Vidal.
Durante a tarde, desenvolveram trabalho orientado pela Junta de Freguesia no armazém de recolha dos bens doados para as vítimas dos incêndios.
7 a 10 de dezembro de 2017
Do Clube dos Arcos, de Coimbra, vieram 10 voluntárias com o objetivo de pintar muros na freguesia, apagando assim alguns estragos e memórias dos incêndios. Iniciaram os trabalhos no dia 8, após a Missa matinal. Um funcionário da Junta de Freguesia ensinou-as a preparar as tintas e a utilizar trinchas e pincéis. A inexperiência notou-se rapidamente na tinta que apareceu nas caras, na roupa e nos cabelos. Um muro ficou pintado durante a manhã e à tarde um outro, ainda mais alto e comprido.
Durante o trabalho, os transeuntes iam-se aproximando e conversando: contaram histórias dos dias dos incêndios, agradeciam aquele trabalho. Houve quem trouxesse chocolates para as jovens pintoras.
No final, uma das voluntárias testemunhou: “Como sempre, quem pensa que vem dar recebe muito mais. A paisagem aqui é desoladora: tudo está cinzento, preto, queimado, estragado, destruído. Pintámos cerca de 80 metros de muro. E rematou em jeito de conclusão: “Que é isso em todas as aldeias e vilas que foram afetadas? Muito pouco… mas tenho consciência que a entrega do tempo, das dores nos braços e nas mãos, do frio, das circunstâncias menos cómodas valeram muito a pena”.
Vinte estudantes do ensino secundário do Clube dos Arcos de Coimbra voltaram a Serpins, nas suas férias de verão, para realizarem atividades de voluntariado junto dos utentes (crianças e idosos) do Centro Paroquial de Solidariedade Social da Freguesia de Serpins, nas valências de creche, CATL, Centro de Dia e Apoio Domiciliário.
21 a 27 de julho de 2018
Um grupo de dez jovens do Clube das Areias do Estoril efetuaram atividades de animação junto das crianças da localidade.
Campo de Trabalho na freguesia de Espinho – Mangualde
17 a 20 de dezembro de 2017
16 estudantes do Ensino Secundário e Universitário que frequentam o Clube Colina (Braga) aproveitaram as suas férias e dedicaram o seu tempo a outros projetos de solidariedade: participar numa ação de voluntariado com o objetivo de reflorestar um terreno baldio da freguesia de Espinho com 2.500 árvores e visitar as vítimas dos incêndios.
O Clube Colina associou-se à iniciativa Terra de Esperança, promovida pela ANEFA e pela GALP, para obter as árvores necessárias e angariou donativos de ferramentas (enxadas, luvas, etc) para o efeito. Este material foi depois doado a agricultores afetados pelo fogo da zona de Tondela.
O presidente da Junta de Freguesia de Espinho reconheceu a importância do trabalho de todos os voluntários num pequeno ato no local. Esta ação de voluntariado foi registada em reportagens da SIC e do Porto Canal, no dia 19 de Dezembro.
Campo Trabalho na freguesia de Alvoco das Várzeas – Oliveira do Hospital
18 a 20 de Dezembro de 2017
Em Oliveira do Hospital, freguesia de Alvoco das Várzeas, 9 estudantes do Rampa Clube (Porto) participaram num programa de voluntariado que incluía a limpeza de valetas das estradas e a visita a idosos.
Campos de Trabalho em Seia e Viseu
16 a 20 de dezembro de 2017
À cidade de Viseu e com o apoio logístico do Clube do Moinho, chegou um grupo de estudantes do 3º ciclo do Ensino Básico do Clube 7+ (Lisboa) que, com a colaboração da Caritas Diocesana de Viseu, se ocupou da separação de bens doados ao centro local.
Por sua vez, 9 voluntárias da Residência da Rotunda (Porto), para além de fazer trabalho voluntário na preparação da Feira de Natal da Caritas de Viseu, dirigiram-se a S. Romão – Seia onde, na Casa de Santa Isabel, realizaram ações limpeza e recolha de folhas de nogueiras, apanha de medronhos e plantação de medronheiros juntamente com os utentes desta instituição de apoio a pessoas com necessidades especiais.
O objetivo da Plataforma criada pela Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha é contribuir para que as vítimas dos incêndios voltem o mais depressa possível ao estilo de vida que tinham anteriormente.
O projeto da FMBLC destina-se a procurar bens duráveis, essenciais para a vida de qualquer família e ajudar no investimento necessário para que as pessoas voltem às suas casas e trabalhos.
Pedidos recebidos e satisfeitos
Durante o período outubro 2017 a outubro 2018, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha recebeu diversos pedidos de apoio que foi procurando satisfazer à medida que ia referenciando as situações, com a ajuda de agentes no terreno, e recebendo donativos em dinheiro e espécie.
Foram recebidos e distribuídos donativos no valor total de 5.276.64€, com que puderam ser atendidas as situações seguintes:
Nota: Os produtos farmacêuticos foram encomendados à farmácia local, de acordo com a prescrição médica, e enviados ao doente.
Apoio a Apicultores de Tondela
Entre as vítimas dos incêndios estão também muitos animais e seus proprietários. As abelhas sobreviventes nos vários apiários, durante os seis meses seguintes, não teriam flores suficientes para se alimentarem e produzirem mel. A solução para para este problema foi fornecer-lhes melaço. Um quilo de açúcar misturado com água significa dois litros de substrato. 500 colmeias precisarão de 2,8 toneladas de açúcar.
Por essa razão, foi iniciada uma campanha de recolha e distribuição imediata de açúcar pelos apicultores referenciados no concelho de Tondela.
Testemunhos:
Missão cumprida☺
Os 100kg de açúcar que recolhemos no consultório viajaram domingo até Aguiar da Beira onde me encontrei com as minhas amigas, promotoras da iniciativa. Foram entregues ao sr. A. M., apicultor de Borralhal, Tondela, para que as suas colmeias sobrevivam ao inverno na paisagem negra e queimada que nos entristeceu ver…foi com olhos marejados de lágrimas que o sr. A.M. nos contou como tantas colmeias arderam nos fogos e como até agora nenhuma ajuda chegou à grande parte dos apicultores. É preciso ajudar no terreno, diretamente a quem necessita…
Deixo-vos as fotos e o meu obrigada especial a todos vós que me ajudaram nesta recolha . Hoje voltei de ❤ cheio. Bem hajam meus amigos.
I. M. (Seixal)
Boa Tarde
Recebi com todo o carinho e gratidão a vossa dádiva, pois sem ela muitas colmeias não iam sobreviver.
Sou um apicultor que tinha aproximadamente 700 colmeias. No espaço de poucas horas, arderam 570 colmeias , barracões, armazém e muitas outras coisas. Ficou a nossa casa e toda a minha família, que é o bem mais importante que temos na vida. Toda esta situação quase nos levou ao desespero, pois é um negócio de família e para uma vida. Tivemos semanas muito difíceis, quase nos levou a desistir do sonho.
Mas as ajudas individuais anónimas começaram a chegar. Nesse momento a poeira começou a baixar. Ao sentir essa onda de solidariedade, não podíamos ir abaixo. Estavam do outro lado amigos que lutavam para que isso não acontecesse.
Quero agradecer do fundo do nosso coração ao movimento “Corta Fogo Solidário” da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha. Um bem haja a todos os professores, funcionários e pais que fizeram com que esta grande ajuda fosse uma realidade. Guardo os maiores agradecimentos para todos os meninos e meninas da Fundação*, pois foram eles com a sua vontade e querer, ternura e bondade e ensinamentos de ajudar os outros que levaram este projeto para a frente. Para estes meus grandes heróis, um beijo do tamanho do mundo e tudo de bom para todos.
Amigos, um grande abraço e muito obrigados.
Atentamente,
V. P. (Tondela)
(*Colégio Horizonte)
Nota: Recebemos informação que o Grupo RAR disponibilizou ajuda, através da oferta de 20 toneladas de melaço, para este mesmo fim. Este apoio está a ser centralizado e coordenado entre a FNAP e as associações de apicultores a quem estes poderão recorrer.
O Projeto Cabo Verde (PCV)é um projeto de voluntariado internacional para a cooperação, desenvolvido por estudantes universitárias e jovens profissionais.
A estratégia de intervenção abrange três pilares fundamentais do desenvolvimento social: educação e formação, saúde e ambiente. A intervenção no terreno, em 2017, efetivou-se de 25 de julho a 13 de agosto e decorreu no bairro do Fonton, na cidade da Praia.
Os objetivos globais e específicos do Projeto pretenderam dar um contributo para fazer dos beneficiários os protagonistas do seu próprio desenvolvimento e, complementarmente, apostar na formação das voluntárias, valorizando a iniciativa de cada uma e proporcionando uma oportunidade de treinar, ganhar e aperfeiçoar competências.
Com o intuito de maximizar o impacto do PCV e potenciar a sua intervenção, foi estabelecida uma relação muito próxima com a comunidade local, nomeadamente o Centro de Intervenção Comunitária de Fonton.
“Não olhar apenas, mas ver; não ouvir apenas, mas escutar; não só cruzar-se com os outros, mas parar! (Papa Francisco)
O mundo contemporâneo desafia-nos a construir uma Cultura do Encontro que vença a Cultura da Indiferença. Encontro consigo mesmo, na família, nas relações sociais, no trabalho e no descanso, com os mais desfavorecidos, com o transcendente.
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha apoia uma ação de formação com a duração de dois dias, dirigida a um público-alvo adulto, que incluirá conferências, palestras e workshops subordinados a este tema.
Esta ação de formação teve lugar nos dias 12 e 13 de novembro de 2016, em S. Pedro de Sintra.
Cuidar da casa comum, cuidar da família, cuidar dos que sofrem, cuidar da interioridade na era digital, cuidar da imagem pessoal são temas de reflexão que se podem resumir no conceito de “A Cultura do Cuidado”.
A Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha decidiu implementar duas ações de formação subordinadas a este tema, a nível nacional, dirigidas a um público-alvo adulto.
A primeira ação de formação teve lugar nos dias 14 e 15 de novembro de 2015, em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, com 34 participantes, e a segunda, em 28 e 29 do mesmo mês, em S. Pedro de Sintra, tendo assistido 40 pessoas.
Foram oradores a Profª. Doutora Maria José Pinto Cantista da Fonseca, a Dra. Flora Adelaide de Abreu Teixeira e Costa, a Dra. Paula Maria Alves Guedes, a Dra. Maria Isabel Vieira e o Rev. Dr. Gonçalo Portocarrero de Almada.