No âmbito do Corta Fogo Solidário, para além do socorro monetário e em espécie às vítimas identificadas, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha propôs-se fomentar a realização de campos de trabalho voluntário nas zonas afetadas, por parte dos beneficiários do Clube Colina e de outras entidades associadas à Plataforma.
Uma forma muito concreta de prestar um apoio de proximidade às vítimas e de proporcionar ocasiões de exercício da solidariedade e serviço aos jovens e menos jovens que pretendem estar ao lado das famílias atingidas pelo fogo.
Campos de Trabalho na freguesia de Serpins – Lousã
23 de novembro 2017
Com o apoio do Presidente da Junta de Freguesia de Serpins, Sr. João Pereira, do chefe do Agrupamento de Escuteiros, o Sr. Carlos, e com o Eng. Florestal Marco, foi identificada a Vila de Serpins como ponto de desenvolvimento de ações de voluntariado.
Um grupo de alunas do 9º ano de escolaridade doColégio Mira Rio, em Lisboa, iniciou um projeto de voluntariado prestando uma manhã de animação no Centro de Dia local, sob a Direção Técnica da Dr.ª Helena Vidal.
Durante a tarde, desenvolveram trabalho orientado pela Junta de Freguesia no armazém de recolha dos bens doados para as vítimas dos incêndios.
7 a 10 de dezembro de 2017
Do Clube dos Arcos, de Coimbra, vieram 10 voluntárias com o objetivo de pintar muros na freguesia, apagando assim alguns estragos e memórias dos incêndios. Iniciaram os trabalhos no dia 8, após a Missa matinal. Um funcionário da Junta de Freguesia ensinou-as a preparar as tintas e a utilizar trinchas e pincéis. A inexperiência notou-se rapidamente na tinta que apareceu nas caras, na roupa e nos cabelos. Um muro ficou pintado durante a manhã e à tarde um outro, ainda mais alto e comprido.
Durante o trabalho, os transeuntes iam-se aproximando e conversando: contaram histórias dos dias dos incêndios, agradeciam aquele trabalho. Houve quem trouxesse chocolates para as jovens pintoras.
No final, uma das voluntárias testemunhou: “Como sempre, quem pensa que vem dar recebe muito mais. A paisagem aqui é desoladora: tudo está cinzento, preto, queimado, estragado, destruído. Pintámos cerca de 80 metros de muro. E rematou em jeito de conclusão: “Que é isso em todas as aldeias e vilas que foram afetadas? Muito pouco… mas tenho consciência que a entrega do tempo, das dores nos braços e nas mãos, do frio, das circunstâncias menos cómodas valeram muito a pena”.
Vinte estudantes do ensino secundário do Clube dos Arcos de Coimbra voltaram a Serpins, nas suas férias de verão, para realizarem atividades de voluntariado junto dos utentes (crianças e idosos) do Centro Paroquial de Solidariedade Social da Freguesia de Serpins, nas valências de creche, CATL, Centro de Dia e Apoio Domiciliário.
21 a 27 de julho de 2018
Um grupo de dez jovens do Clube das Areias do Estoril efetuaram atividades de animação junto das crianças da localidade.
Campo de Trabalho na freguesia de Espinho – Mangualde
17 a 20 de dezembro de 2017
16 estudantes do Ensino Secundário e Universitário que frequentam o Clube Colina (Braga) aproveitaram as suas férias e dedicaram o seu tempo a outros projetos de solidariedade: participar numa ação de voluntariado com o objetivo de reflorestar um terreno baldio da freguesia de Espinho com 2.500 árvores e visitar as vítimas dos incêndios.
O Clube Colina associou-se à iniciativa Terra de Esperança, promovida pela ANEFA e pela GALP, para obter as árvores necessárias e angariou donativos de ferramentas (enxadas, luvas, etc) para o efeito. Este material foi depois doado a agricultores afetados pelo fogo da zona de Tondela.
O presidente da Junta de Freguesia de Espinho reconheceu a importância do trabalho de todos os voluntários num pequeno ato no local. Esta ação de voluntariado foi registada em reportagens da SIC e do Porto Canal, no dia 19 de Dezembro.
Campo Trabalho na freguesia de Alvoco das Várzeas – Oliveira do Hospital
18 a 20 de Dezembro de 2017
Em Oliveira do Hospital, freguesia de Alvoco das Várzeas, 9 estudantes do Rampa Clube (Porto) participaram num programa de voluntariado que incluía a limpeza de valetas das estradas e a visita a idosos.
Campos de Trabalho em Seia e Viseu
16 a 20 de dezembro de 2017
À cidade de Viseu e com o apoio logístico do Clube do Moinho, chegou um grupo de estudantes do 3º ciclo do Ensino Básico do Clube 7+ (Lisboa) que, com a colaboração da Caritas Diocesana de Viseu, se ocupou da separação de bens doados ao centro local.
Por sua vez, 9 voluntárias da Residência da Rotunda (Porto), para além de fazer trabalho voluntário na preparação da Feira de Natal da Caritas de Viseu, dirigiram-se a S. Romão – Seia onde, na Casa de Santa Isabel, realizaram ações limpeza e recolha de folhas de nogueiras, apanha de medronhos e plantação de medronheiros juntamente com os utentes desta instituição de apoio a pessoas com necessidades especiais.
Jovem e internacional, o UNIV CONGRESS convoca a Roma, desde 1968, milhares de estudantes universitários dos cinco continentes, que se reúnem para ampliar horizontes, dialogar e confrontar de modo construtivo alguns temas de maior importância para o mundo juvenil e a sociedade atual. Um dos desafios da Universidade é ajudar os estudantes a enfrentar-se com as grandes questões da vida humana, do progresso científico e cultural e muitos outros âmbitos.
Repensar o futuro
No seu cinquentenário, que coincidiu com o da Revolução de Maio de 68, o tema proposto “Repensar o Futuro” constituiu-se como um desafio a refletir com profundidade sobre problemas concretos, conscientes de que o movimento estudantil de 68, que aglutinou a vontade de muitos jovens de mudar o mundo, terá reivindicado um conceito de liberdade autorreferencial gerador de uma proliferação de ideologias redutoras da grandeza da pessoa humana. Requer-se propor agora um novo movimento que efetue uma mudança de paradigma e possibilite construir um mundo de esperança.
Apoio à participação portuguesa no UNIV Congress 2018
Da
participação portuguesa, destacamos o trabalho enviado pela delegação de Braga
– “Envelhecimento e Inteligência
Artificial: (Re)pensemos o nosso futuro” – da autoria de Constança Elias,
Aurora Miranda, Beatriz Barros, Monique Gallotti e Rita Nunes.
Tendo em conta o interesse e qualidade deste projeto, a Fundação decidiu apoiar e promover a participação portuguesa no UNIV CONGRESS em 2018 e nos anos subsequentes.
A Fundação Maria Beatriz Lopes da
Cunha apoiou a participação portuguesa no Forum InternacionalIncontro Romano
2018, na sessão que teve lugar de 25 de março a 2 de abril, em Roma.
O
Incontro Romano
Desde 1990, são mais de 6000 os participantes, procedentes de 60 países, que ao longo destes anos se têm reunido, durante a Semana Santa, no Forum Internacional Incontro Romano, partilhando estudos, experiências criativas, iniciativas e projetos relacionados com um tema geral, atual e aberto. O Incontro Romano é uma iniciativa que cria espaços de reflexão e promove ações que centralizem a atenção na pessoa humana, fomentem a investigação interdisciplinar, a capacitação com excelência e respondam ao desafio urgente de proteger e melhorar a nossa “casa comum”.
“O
Mundo, a nossa Missão”
Em 2018, o tema “O Mundo a nossa Missão”procurou responder ao desafio de fomentar uma cultura sustentável dirigindo-se à pessoa na sua integridade. Cuidar da família é cuidar da sociedade. Conseguir harmonizar a esfera do trabalho e a esfera familiar, desejar um mundo aberto a todos, fomentar um desenvolvimento urbanístico acessível que potencie a inclusão, comprometer-se com a promoção da saúde, com o uso responsável dos recursos.
A perplexidade gerada pela pergunta está no facto de o ser se encontrar entre os conceitos mais gerais e abstratos possíveis. Pode-se investigar a constituição material e as leis fundamentais da natureza. Esse é o caminho e método das ciências naturais. Mas, será que a razão e as ciências naturais que se dedicam à investigação sobre a constituição das coisas da natureza e quais os princípios e leis que governam os diversos fenómenos conseguem chegar ao conhecimento da realidade das coisas?
Esta ação de formação em Fundamentos Filosóficos teve como objetivo iniciar os participantes nas bases da filosofia como complemento à sua formação académica.
Com a duração de 35 horas, a Summer School realizou-se em S. Pedro de Sintra, durante o mês de agosto, dirigindo-se a jovens estudantes do ensino superior, sob a orientação da formadora Dra. Ana Alexandra Machado.
O Projeto Cabo Verde (PCV)é um projeto de voluntariado internacional para a cooperação, desenvolvido por estudantes universitárias e jovens profissionais.
A estratégia de intervenção abrange três pilares fundamentais do desenvolvimento social: educação e formação, saúde e ambiente. A intervenção no terreno, em 2017, efetivou-se de 25 de julho a 13 de agosto e decorreu no bairro do Fonton, na cidade da Praia.
Os objetivos globais e específicos do Projeto pretenderam dar um contributo para fazer dos beneficiários os protagonistas do seu próprio desenvolvimento e, complementarmente, apostar na formação das voluntárias, valorizando a iniciativa de cada uma e proporcionando uma oportunidade de treinar, ganhar e aperfeiçoar competências.
Com o intuito de maximizar o impacto do PCV e potenciar a sua intervenção, foi estabelecida uma relação muito próxima com a comunidade local, nomeadamente o Centro de Intervenção Comunitária de Fonton.
“A nossa felicidade depende de nós mesmos” (Aristóteles).
Se todos desejamos a felicidade e se esta depende de nós, porque encontramos tanta gente que diz que não é feliz? Não são pessoas temperadas pela vida e que sofreram muito, mas sim pessoas que tinham tudo para serem felizes.
Esta ação de formação em Ética Filosófica visa analisar e integrar as respostas de grandes filósofos da História – desde Sócrates a Nietzsche, até chegar a filósofos contemporâneos como MacIntyre e Speamman – nesta questão que todo o homem se coloca. Em lugar de dar receitas feitas para atingir a felicidade, que existem, o seu objetivo consiste em fornecer um conjunto de ferramentas especulativas que contribuam para a única questão que todo o homem adulto se deveria colocar com seriedade: o que é a Felicidade e em que consiste o seu objeto?
Com a duração de 40 horas, a Summer School realizou-se em Sintra, durante o mês de agosto, dirigindo-se a jovens estudantes do ensino superior e últimos anos do ensino secundário.