Em Braga: O Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural

Em Braga: O Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural
Em Gualtar, a poucos minutos do Campus da Universidade do Minho

Parte do património da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha consiste num prédio misto, doado pela Fundadora, Dra. Maria Beatriz Lopes da Cunha, situado na Rua da Igreja Nova, 81, em Gualtar, Braga, cidade com forte influência universitária no norte do país.

Nesse prédio, de acordo com a intenção da Fundadora, a Fundação iniciou, no ano de 2015, a construção de um edifício para instalar um centro de atividades culturais para a juventude, processo que se convencionou designar por “Projeto Colina – Construção e Implementação do Centro Cultural e Residência”.

O Projeto Colina – Construção e Implementação do Centro Cultural e Residência
construção

Os projetos de arquitetura do edifício, da autoria do Arq. António Jorge Fontes, foram aprovados pela Câmara Municipal de Braga a 6 de outubro de 2015, com a denominação “Colina – Centro Cultural e Residência”. Os projetos de especialidades foram entregues a 28 de dezembro de 2015 e aprovados em 22 de agosto de 2016. Prepararam-se entretanto os cadernos de encargos que receberam aprovação em março de 2017. Foram efetuados convites à apresentação de propostas para adjudicação da obra a 13 empresas de construção civil.

A 29 de setembro de 2017, foi celebrado o contrato de empreitada do “Colina – Centro Cultural e Residência” e, a 2 de outubro, apresentado o requerimento de alvará de construção junto da Câmara Municipal de Braga, sendo este aprovado a 12 de dezembro.

A 22 de janeiro de 2018, a empresa QT Civil – Engenharia e Reabilitação S. A. iniciou oficialmente a construção do “Colina – Centro Cultural e Residência” cujos trabalhos, instalação e decoração foram concluídos no final do ano de 2020.

A inauguração oficial do Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural teve lugar no dia 14 de maio de 2022.

O Living Lab da Fundação em Braga

Desde sempre foi preocupação da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha que a infraestrutura a construir em Braga, bem como todas as que futuramente se vierem a edificar, tivessem uma clara e elevada taxa de utilização tirando partido de todas as valências oferecidas de uma forma permanente. O objetivo será que todas as unidades ou valências da Fundação sejam montras vivas – Living Labs – dos seus projetos, implementações reais dos conceitos de sustentabilidade para a Família, realizações animadas pela Juventude e o Serviço, onde se aplica a metodologia da Educação Personalizada.

Este centro, atualmente designado como Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural, tem como fim a operacionalização das atividades da Fundação em Braga, nomeadamente a realização de múltiplas ações relacionadas com os seus eixos estratégicos, dirigidas a famílias e estudantes e com os seguintes objetivos:

  • a promoção do desenvolvimento das suas potencialidades humanas e sociais;
  • a melhoria da sua formação cultural, cívica, desportiva e artística;
  • o sentido social do trabalho individual e comunitário;
  • o melhor aproveitamento das suas capacidades intelectuais e manuais;
  • o preenchimento dos tempos livres, mediante uma recreação voltada não só para o agradável, mas também para o útil.

Para tanto, conta com a contribuição de personalidades ligadas à Universidade, à cultura, às artes e às ciências, procurando identificar o maior número possível de instituições e projetos de relevo de modo a estabelecer parcerias..

O Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural

O Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural reconhece e acolhe a experiência de atividade cultural desenvolvida com a juventude pelo Clube Colina, que deu os seus primeiros passos em Braga, nos anos 70 do século XX, na Rua de S. Sebastião, nº 69 e, a partir de 1991, nas instalações da Rua de S. Gonçalo, nº 47.

No edifício construído na Rua da Igreja Nova , 81 – Gualtar, os recursos físicos disponíveis abrem novas potencialidades para o exercício da sua missão.

O Colina – Clube Juvenil e Centro Cultural (www.colina.pt) é dinamizado por uma equipa multidisciplinar que procura promover a contribuição ativa de todos os colaboradores e participantes nas suas atividades, de modo a que, com iniciativa, espírito de serviço e responsabilidade, sejam atores de melhoria e intervenção social.

O Clube Colina: Identidade e Estratégia

O Clube Colina (www.colina.pt), na sua vertente de Clube Juvenil, é um centro de atividades extracurriculares, cuja Missão é colaborar com os pais na tarefa educativa, complementando o papel da família e da escola. Os tempos livres têm uma notável transcendência educativa, pelo que se constituem como parte da construção de um projeto educativo familiar.

Tendo como Visão “Formar o Futuro”, o objetivo do Clube Colina consiste em dar ferramentas para que as associadas desenvolvam personalidades fortes e equilibradas, como estudantes responsáveis, profissionais competentes, e que percebam o seu papel insubstituível na família e na sociedade.

Os valores essenciais do Clube Colina são:

  • Integridade e coerência de vida
  • Amor à liberdade e responsabilidade pessoal
  • Trabalho de qualidade e trabalho como serviço
  • Prioridade da família e das relações interpessoais

No Clube Colina, tendo como foco a Formação da Personalidade de cada Associada, procura-se estimular as potencialidades e aptidões de cada uma, num processo de auto crescimento. Cada jovem recebe um acompanhamento personalizado de acordo com as suas necessidades, num ambiente de amizade e confiança recíprocas, sem qualquer discriminação por motivos sociais, raciais, políticos, religiosos ou outros. Valorizam-se as atividades associadas à cidadania e ao voluntariado e fomenta-se uma atitude proativa na resolução dos problemas da sociedade.

Projeto V 365 – 21 a 27 de Julho 2019 – Lisboa

Projeto V 365 – 21 a 27 de Julho 2019 – Lisboa

Mais do que fazer voluntariado, é preciso aprender a ser voluntária

Um projeto de voluntariado PARA QUEM QUER MUDAR a vida daqueles que estão ao seu lado.

Empenhados, mas não comprometidos – é assim que muitos caracterizam a Geração Z: os jovens nascidos entre meados da década de 90 e 2010. São conhecidos pela sua preocupação social, ecológica e humanitária. Praticamente todos já estiveram envolvidos num projeto de voluntariado, até porque, muitas vezes, este é um requisito académico das instituições em que estudam. Mas que poderia fazer de um destes jovens um empreendedor social ou alguém seriamente comprometido com uma organização ou iniciativa social que precisa de voluntários?

Para dar resposta a estas questões, surgiu o V365.

O V 365 tem como objetivo capacitar jovens universitárias para promover iniciativas de apoio social com impacto nos seus lugares de residência. 

O V 365 resultou de uma parceria entre a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, a Cooperativa de Telheiras para a Promoção da Solidariedade e Cultura, C.R.L., a Fundação Maria Antónia Barreiro, Álamos – Associação Juvenil (Lisboa), a Associação Cultural das Areias (Estoril), o Clube dos Arcos (Coimbra) e o Rampa Clube (Porto).

Outras instituições da economia social tais como: Entrajuda, Amigos Improváveis, Emergência Social, Just a Change, Clínica de Cuidados Paliativos e Continuados S. João de Deus, BET 24 e MOVE associaram-se ao projeto V 365

7 dias para dar continuidade nos 365 dias do ano: 21 a 27 de Julho 2019 . 

Durante 7 dias, as voluntárias tiveram a possibilidade de colaborar com uma organização de apoio social consoante o seu perfil e áreas de interesse. Esta experiência foi uma ocasião para refletir acerca da importância de ser voluntário/a nos 365 dias do ano e não somente em ocasiões pontuais. 

Sessões de formação, testemunhos, conhecer outras iniciativas.
  • Tardes de formação com sessões sobre antropologia, empreendedorismo social, project managementtalks com empreendedores sociais, etc;
  • Serões de testemunhos reais com um autêntico impacto social;
  • Troca de experiências entre voluntárias e especialistas. 
Em Lisboa, para jovens universitárias.

Lisboa, tal como outras áreas metropolitanas, sofre de uma grande pobreza urbana. Por este motivo existe uma maior concentração e variedade de associações parceiras que atuam ao longo do ano e com as quais as voluntárias do projeto irão colaborar nestes dias.

Plano de formação V 365    
Parte 1: Introdução ao Voluntariado
  • Conceitos-chave e tipos de voluntariado
  • Características e valores inerentes à prática do voluntariado;
  • Importância do voluntariado para a sociedade;
  • Complexidade dos diferentes contextos de intervenção;
  • Voluntariado em Portugal (enquadramento legal/jurídico).
Parte 2: Ajudar pessoas
  • Questões éticas do voluntariado;
  • Direitos e deveres do voluntário;
  • Dignidade humana e Direitos humanos.
Parte 3: Ser voluntário
  • Princípios e atitudes do voluntário / competências transversais a desenvolver;
  • Que voluntário/a sou eu? (conhecer-se);
  • Comunicação e relacionamento / gestão emocional.
Parte 4: Um Projeto de Voluntariado
  • Noções de gestão de organizações sem fins lucrativos;
  • Gestão de tempo – faculdade/voluntariado, trabalho/voluntariado;
  • Trabalho em equipa:
    • Gestão de equipas
    • Organização de voluntários
    • Gestão de conflitos
  • Como dar vida a um projeto de voluntariado?
    • Identificação de âmbitos de intervenção: onde me vejo a ajudar
    • Objetivos do meu projeto: onde quero chegar?
    • Planeamento e organização
    • Recrutamento e formação de voluntários
Experiências

1.Como é que na mesma família há três irmãos que fundam três associações de voluntariado?

Esse foi o tema da conversa que o grupo pôde ter com a Maria Almeida e Brito, fundadora da Associação Amigos Improváveis. A Maria explicou: “o Lourenço começou com o Just a Change; eu, como irmã que vinha a seguir e que vi a associação do meu irmão crescer e que as coisas estavam a resultar, desafiei umas amigas a criar os Amigos Improváveis (AI) depois de uma Missão País e a Ritinha fundou, ainda no secundário, o Tu Podes”. Desafios, oportunidades e dificuldades, a Maria descreveu em detalhe o desenvolvimento dos AI. No final, ficou clara uma ideia pela voz de outra das pessoas da direção da associação AI, Maria Chambel Leitão: “de facto, a Maria tem esta vontade toda, teve esta ideia e os irmãos têm estas ideias incríveis, mas não é isto que cria um projeto. O que faz um projeto andar para a frente é uma equipa multidisciplinar. Todas as pessoas da direção dos AI são muito diferentes umas das outras, cada uma tem diferentes competências. Não temos que ser todos aquele que traz novas ideias, mas todos podemos ser empreendedores.”

2. Também Ana Margarida Marcos e João Freire de Andrade explicaram como nas várias etapas das suas vidas sempre estiveram envolvidos em atividades de voluntariado. O João, através do Colégio São João de Brito nos Campinácios e no apoio ao estudo no Pragal e a Ana Margarida, no Colégio Mira Rio e no Clube Darca. Ficaram dois conselhos: “sacrifício e animar”. (…) Há atividades em que as pessoas se sentem melhor, uma Missão País, por exemplo. Estas atividades são como uma boa sobremesa. O voluntariado de longo prazo é como o prato principal de uma refeição, mais nutritivo e menos saboroso. Mas uma refeição tem de tudo e o mesmo acontece com o voluntariado”.

3. Teresa Tato Lima (Porto, Filosofia) explicou: “Eu nunca tinha ido ao armazém do Banco Alimentar, só tinha participado em campanhas. Impressionou-me o clima geral de generosidade e de serviço. Aqui entra-se em contacto com toda uma filosofia de vida que consiste em querer melhorar sempre um bocadinho o estado de coisas com que nos encontramos. (…) No Banco Alimentar e na Entrajuda há um sentido de dignidade humana muito profundo em toda a atividade: quer a mais material quer a mais organizativa.”

4. Lúcia Gomes (Braga, Engenharia Têxtil) descobriu o aspeto divertido de ajudar os outros. “Nunca pensei que me pudesse divertir nem aprender tanto reabilitando uma casa. O senhor Zé, encarregado da obra, era exigente connosco e ao princípio um tanto desconfiado “destas meninas”. Mas depois percebeu que queríamos mesmo trabalhar a sério e começou a puxar por nós. A dona da casa que estávamos a reabilitar vinha todos os dias ver os trabalhos e falar connosco.Foi-nos perguntando de que é que nós gostávamos e, no último dia, organizámos um lanche com coca-colas, sumos, bolos, amendoins. Utilizámos como mesa o mesmo andaime que nos serviu para a obra, o senhor Zé ensinou-nos como é que se faz nas obras. Juntámo-nos os vários voluntários, rimo-nos, foi um momento de comunhão. Terminei todos os dias coberta de pó e muito cansada, mas cheia!”

5. Maria Lopes (Braga, Economia Social) esteve a ajudar na terapia ocupacional na Clínica São João de Deus e considerou que “é comovente ver como atividades e tarefas tão normais como fazer a barba, ou cozinhar refeições simples, podem ser objeto de uma terapia de recuperação. Aprendemos a olhar de maneira diferente para tudo, com uma visão mais profunda.”

6. E a experiência da fundadora da Emergência Social, que trocou uma carreira na área do Direito pela associação que fundou com o que viria a ser o seu marido, depois de se terem conhecido em Fátima a atender deficientes profundos! Hoje, na zona de Lisboa em que estão implantados, já não permitem que aconteça o que a fez voltar sempre, desde a primeira vez em que conheceu o bairro: que uma criança desmaiasse na escola, por não ter tomado o pequeno-almoço!

Shark Tank

No último dia, as participantes da atividade apresentaram possíveis projetos sociais num “Shark Tank”. O projeto vencedor consistiu em criar um projeto gémeo do V365 na Universidade do Minho: formar universitários para a consciência cívica e para a importância de serem empreendedores ao confrontar-se com problemas sociais, a partir do quotidiano e não apenas em períodos de férias.

Projeto Art of Living 2019

Projeto Art of Living 2019
O Projeto Art of Living – Portugal

O Projeto Art of Living – Portugal consiste numa competição anual e nacional entre equipas de jovens a partir dos 13 anos, cujo tema de fundo visa redescobrir e valorizar as necessidades elementares da pessoa: a alimentação, o vestuário, a saúde e a beleza, através do amor à arte e com arte, dedicação e carinho. O Projeto Art of Living oferece a possibilidade de adquirir competências para influir na sociedade e na família.

Projeto Art of Living – edição 2019

A edição de 2019 teve como objetivos primordiais fomentar capacidades e atitudes como o conhecimento próprio, aceitação da diferença, resiliência, observação e cuidado dos pormenores no trabalho.

O programa contou com temas a debate, conferências, visitas culturais e atividades de voluntariado, sob a orientação da formadora Cláudia Ghira Viana e responsáveis dos clubes participantes.

Provas a concurso

Prova 1: Primeiro o Ovo ou a Galinha?

  • Fazer doce de ovos e enfeitar um bolo
  • Fazer um ovo estrelado ou escalfado e apresentá-lo inserido numa receita
  • Fazer uma tortilha

Prova 2: Prova das Linhas

  • Coser 2 botões diferentes
  • Fazer uma bainha
  • Terminar um desenho que está iniciado, em ponto pé de flor
  • Transformar uma peça de roupa
Participantes

A Fase 1 contou com 15 participantes do Clube Campo Alegre – Galegos -Penafiel e do Clube 7+ – Lisboa.

Na Fase 2, participaram 22 jovens do Clube Fontainha – Prado, do Clube Espigueiro – Arcozelo – V. N. Gaia, do Clube Campo Alegre – Galegos – Penafiel e do Clube 7+ – Lisboa.

As participantes foram acompanhadas por duas equipas de monitoras e os elementos dos 2 júris de avaliação das provas.

Patrocínios

As Provas de Linhas receberam o patrocínio em espécie das empresas DMC e Mez Crafts Portugal, em concreto: kits de bordado, tecidos, linhas, bastidores e outro material de costura utilizado durante as provas e fazendo parte dos prémios distribuídos às participantes.

Estas provas e respetivo patrocínio tiveram como impacto a motivação das participantes para exercitar as artes da costura e bordado e demonstrar a sua criatividade. Os prémios – uma vez que continham kits de bordado que têm vindo a ser terminados – constituíram um incentivo a continuar a aplicar as competências adquiridas.

“O Poder do Serviço” – ações de formação

O poder do serviço

“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço”. (Papa Francisco)
poder do serviço

Como em anos transatos, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha decidiu juntar diversos convidados em duas ações de formação dirigidas a um público-alvo adulto, tendo como mote a frase inaugural do pontificado do Papa Francisco: “Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço”.

Numa cultura como a nossa, que contrapõe mandar e servir, poder e obedecer, acabamos por assumir uma visão caricatural do serviço quando este é uma forma de relação que só os seres humanos podem ter. Nunca se falou tanto da excelência do serviço, da importância do serviço ao cliente, de liderar pelo serviço e, ao mesmo tempo, são cada vez mais raras as atitudes genuínas de serviço.

Nestes seminários, realizados, em novembro de 2018, em S. Pedro de Sintra e Arcozelo – V. N. Gaia, cerca de 80 participantes puderam trabalhar este tema e inspirar-se em figuras como: Isabel Jonet, (presidente do Banco Alimentar Contra a Fome), os casais Francisco e Inês Vilhena da Cunha, Teresa e Francisco Tovar, e Carmo e Bento Amaral (famílias numerosas e com elementos portadores de deficiência física e mental), Fátima Carioca, Ana Rial e Domitília dos Santos (Financial Adviser), Marta Mendonça e Marta Lynce de Faria (Doutoras em Filosofia), moderadas pela socióloga e jornalista Isabel Teixeira da Mota, entre outros.

A jornalista Isabel Teixeira da Mota publicou no Observador um resumo dos trabalhos – “Servir é um poder? Por que motivo interessa responder a esta pergunta?”

CORTA FOGO SOLIDÁRIO – Plataforma de Apoio às Vítimas dos Incêndios

Plataforma
Foto: Paulo Novais/Lusa

A Plataforma Corta Fogo Solidário

A Plataforma Corta Fogo Solidário constituiu-se como uma iniciativa privada de apoio às vitimas dos incêndios de 15 de outubro de 2017. Nasceu do desejo de não ficarmos parados ante um sofrimento de quem nos é tão próximo.

Perante esta situação de calamidade, com particular incidência na zona Centro, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, a partir do Clube Colina e de um Comité de Ação com elementos provenientes das áreas afetadas, decidiu implementar uma Plataforma de Apoio às Vítimas dos Incêndios 2017.

Corta Fogo Solidário
Na foto, os elementos do Comité de Ação: Maria Helena Sobral, Maria dos Anjos Matias e Joana Faure, acompanhadas por Maria do Céu Lopes (Presidente do Conselho de Administração da FMBLC) e Marta  Faria (assessora).

Ao conceber este projeto, procurámos ter em atenção dois princípios:

 

  1. Uma intervenção de médio prazo, uma vez que as necessidades imediatas já teriam sido satisfeitas, de modo excelente e extremamente solidário, por outros organismos. Tendo como objetivo, não  simplesmente ajudar à sobrevivência, mas contribuir para que as vítimas dos incêndios voltassem o mais depressa possível ao estilo de vida que tinham anteriormente. Deste modo, o projeto da FMBLC destinava-se a procurar bens duráveis, essenciais para a vida de qualquer família, e ajudar no investimento necessário para que as pessoas voltassem às suas casas e seus trabalhos.

  2. Tendo em conta as dúvidas de tantas pessoas que contribuíram para fundos de apoio às vítimas, estabelecemos    um     sistema de comunicação e ação partindo sempre de uma necessidade concreta, identificada por uma pessoa no terreno. Para esse efeito, pedimos ajuda aos amigos da Fundação e a quem quisesse ajudar.

 

 

O seguinte organigrama ilustra o modo como os projetos foram sujeitos a candidatura e geridos através da rede de contactos da FMBLC.

Corta Fogo Solidário
Organigrama de Ação


Projetos realizados

Apoios às Vítimas

Campos de Trabalho

 

 

 

 

 

 


Na primeira pessoa

Corta Fogo SolidárioVivo na cidade de Braga, perto do Monte de Santa Marta, a caminho do Sameiro. Temos cinco filhos, com idades entre os 1 e 9 anos. No dia 15 de outubro de 2017, pelas 18.30h, fui ao quarto dos miúdos e já vi o incêndio a descer pela encosta de forma galopante. O meu marido não estava e, confiante na atuação dos bombeiros, resolvi começar a preparar os banhos das crianças, enquanto vigiava o fogo pela janela.

De repente, o vento virou para o nosso lado e começaram a chover fagulhas como se fosse fogo-de-artifício. Interrompi o banho, agarrei nos meus filhos e fui para casa dos meus sogros que vivem a 800m. Mas o fogo já vinha também a descer o monte da Falperra, a cerca de 1 km, num remoinho de cinzas e faúlhas. Saímos de casa, nós e os vizinhos, mas a polícia tinha cortado o trânsito. Não tínhamos como fugir!!!

Graças a Deus, pelas 22.00h, os bombeiros vieram e conseguiram controlar o fogo a cerca de 400m das moradias. Entretanto, com a ajuda dos vizinhos, regámos as madeiras das casas, os quintais, apanhámos as folhas… À uma da manhã, o incêndio foi considerado extinto.

No domingo seguinte, correspondendo ao sentimento de todos, o nosso pároco celebrou uma Missa de Ação de Graças pela proteção que recebemos nesse dia tão trágico para tantos portugueses.

Marta Torres

(Vogal do Conselho de Administração da FMBLC)


Projeto Cabo Verde 2018

Projeto Cabo Verde
O Projeto Cabo Verde

A edição 2018 do  Projeto Cabo Verde, um projeto de voluntariado internacional para a cooperação, desenvolvido por estudantes universitárias e jovens profissionais  teve lugar no Bairro de Fontón, na cidade da Praia, de 22 de julho a 2 de agosto de 2018.

Resulta da parceria entre várias associações portuguesas – a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, a Cooperativa de Telheiras para a Promoção da Solidariedade e da Cultura, CRL, a Fundação Maria Antónia Barreiro, os Álamos, Associação Juvenil (Lisboa) e o Rampa Clube (Porto) – em colaboração com a comunidade local cabo-verdiana através do Centro de Intervenção Comunitária de Fonton.

A estratégia de intervenção abrange três pilares fundamentais do desenvolvimento social: educação e formação, saúde e ambiente.

Seleção e formação de Voluntárias

Cerca de 200 inscrições foram recebidas através do site do Projeto Cabo Verde 2018  De março a junho, decorreu o processo de seleção e formação das 60 participantes provenientes de todo o país. As ações de formação tiveram lugar nas cidades de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa.

Iniciativas de angariação de fundos

Simultaneamente, foram lançadas diversas iniciativas de angariação de donativos em dinheiro e géneros de modo a suportar as despesas do Projeto e a suscitar a solidariedade com a população-alvo. Destacamos as campanhas “Mochilas Solidárias” e “Famílias ajudam Famílias” que conseguiram mobilizar famílias e escolas de todo o país com o objetivo, respetivamente, de dotar crianças caboverdianas com material escolar básico e oferecer cabazes de alimentos.

Intervenção no terreno

A intervenção no terreno, em 2018, efetivou-se de 18 de julho a 22 de agosto e decorreu no bairro do Fonton, na cidade da Praia, envolvendo nas ações de voluntariado 60 estudantes do ensino superior e jovens profissionais.

Os objetivos globais e específicos do Projeto pretenderam dar um contributo para fazer dos beneficiários os protagonistas do seu próprio desenvolvimento e, complementarmente, apostar na formação das voluntárias, valorizando a iniciativa de cada uma e proporcionando uma oportunidade de treinar, ganhar e aperfeiçoar competências.

Campos de Trabalho CORTA FOGO SOLIDÁRIO

Campos de Trabalho CORTA FOGO SOLIDÁRIO

No âmbito do Corta Fogo Solidário, para além do socorro monetário e em espécie às vítimas identificadas, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha propôs-se fomentar a realização de campos de trabalho voluntário nas zonas afetadas, por parte dos beneficiários do Clube Colina e de outras entidades associadas à Plataforma.

Uma forma muito concreta de prestar um apoio  de proximidade às vítimas e de proporcionar ocasiões de exercício da solidariedade e serviço aos jovens e menos jovens que pretendem estar ao lado das famílias atingidas pelo fogo.


Campos de Trabalho na freguesia de Serpins – Lousã

23 de novembro 2017

Com o apoio do  Presidente da Junta de Freguesia de Serpins, Sr. João Pereira, do chefe do Agrupamento de Escuteiros,  o Sr. Carlos,  e com o Eng. Florestal Marco, foi identificada a Vila de Serpins como ponto de desenvolvimento de ações de voluntariado.

Um grupo de alunas do 9º ano de escolaridade do Colégio Mira Rio, em Lisboa, iniciou um projeto de voluntariado prestando uma manhã de animação no Centro de Dia local, sob a Direção Técnica da Dr.ª Helena Vidal.

Durante a tarde, desenvolveram trabalho orientado pela Junta de Freguesia no armazém de recolha dos bens doados para as vítimas dos incêndios.

7 a 10 de dezembro de 2017

Do Clube dos Arcos, de Coimbra, vieram 10 voluntárias com o objetivo de pintar muros na freguesia, apagando assim alguns estragos e memórias dos incêndios. Iniciaram os trabalhos no dia 8, após a Missa matinal. Um funcionário da Junta de Freguesia ensinou-as a preparar as tintas e a utilizar trinchas e pincéis. A inexperiência notou-se rapidamente na tinta que apareceu nas caras, na roupa e nos cabelos. Um muro ficou pintado durante a manhã e à tarde um outro, ainda mais alto e comprido.

Durante o trabalho, os transeuntes iam-se aproximando e conversando: contaram histórias dos dias dos incêndios, agradeciam aquele trabalho. Houve quem trouxesse chocolates para as jovens pintoras.

No final, uma das voluntárias testemunhou: “Como sempre, quem pensa que vem dar recebe muito mais. A paisagem aqui é desoladora: tudo está cinzento, preto, queimado, estragado, destruído. Pintámos cerca de 80 metros de muro. E rematou em jeito de conclusão: “Que é isso em todas as aldeias e vilas que foram afetadas? Muito pouco… mas tenho consciência que a entrega do tempo, das dores nos braços e nas mãos, do frio, das circunstâncias menos cómodas valeram muito a pena”.

3 a 6 de julho de 2018

Vinte estudantes do ensino secundário do Clube dos Arcos de Coimbra voltaram a Serpins, nas suas férias de verão, para realizarem atividades de voluntariado junto dos utentes (crianças e idosos) do Centro Paroquial de Solidariedade Social da Freguesia de Serpins, nas valências de creche, CATL, Centro de Dia e Apoio Domiciliário.

21 a 27 de julho de 2018

Um grupo de dez jovens do Clube das Areias do Estoril efetuaram atividades de animação junto das crianças da localidade.


Campo de Trabalho na freguesia de Espinho – Mangualde
17 a 20 de dezembro de 2017

16 estudantes do Ensino Secundário e Universitário que frequentam o Clube Colina (Braga) aproveitaram as suas férias e dedicaram o seu tempo a outros projetos de solidariedade: participar numa ação de voluntariado com o objetivo de reflorestar um terreno baldio da freguesia de Espinho com 2.500 árvores e visitar as vítimas dos incêndios.

O Clube Colina associou-se à iniciativa Terra de Esperança, promovida pela ANEFA e pela GALP, para obter as árvores necessárias e angariou donativos de ferramentas (enxadas, luvas, etc) para o efeito. Este material foi depois doado a agricultores afetados pelo fogo da zona de Tondela.

O presidente da Junta de Freguesia de Espinho reconheceu a importância do trabalho de todos os voluntários num pequeno ato no local. Esta ação de voluntariado foi registada em reportagens da SIC e do Porto Canal, no dia 19 de Dezembro.


Campo Trabalho na freguesia de Alvoco das Várzeas – Oliveira do Hospital
18 a 20 de Dezembro de 2017

Em Oliveira do Hospital, freguesia de Alvoco das Várzeas, 9 estudantes do  Rampa Clube (Porto) participaram num programa de voluntariado que incluía a limpeza de valetas das estradas e a visita a idosos.


Campos de Trabalho em Seia e Viseu
16 a 20 de dezembro de 2017

À cidade de Viseu e com o apoio logístico do Clube do Moinho, chegou um grupo de estudantes do 3º ciclo do Ensino Básico do Clube 7+ (Lisboa) que, com a colaboração da Caritas Diocesana de Viseu, se ocupou da separação de bens doados ao centro local.

Por sua vez, 9 voluntárias da Residência da Rotunda (Porto), para além de fazer trabalho voluntário na preparação da Feira de Natal da Caritas de Viseu, dirigiram-se a S. Romão – Seia onde, na Casa de Santa Isabel, realizaram ações limpeza e recolha de folhas de nogueiras, apanha de medronhos e plantação de medronheiros juntamente com os utentes desta instituição de apoio a pessoas com necessidades especiais.


XXV Olimpíadas Interclubes Colina (Braga Cidade Europeia do Desporto)

XXV Olimpíadas Interclubes Colina (Braga Cidade Europeia do Desporto)
XXV Olimpíadas Interclubes Colina

O Clube Colina recebeu em Braga um evento desportivo interclubes, com provas de voleibol, basquetebol, corrida, saltos de trampolim, jogos tradicionais e de destreza mental, realizado durante a interrupção letiva do Carnaval.

Este evento, na sua 25ª edição, em 2018, foi integrado na programação de Braga 2018 – Capital Europeia do Desporto e reuniu na cidade mais de uma centena de participantes.

Contou com o patrocínio da Câmara Municipal de Braga que se fez representar pela Senhora Vereadora do Desporto Dra. Sameiro Araújo. As provas desportivas tiveram lugar nas instalações da Escola Secundária Alberto Sampaio.

CORTA FOGO SOLIDÁRIO – Apoios às Vítimas

CORTA FOGO SOLIDÁRIO – Apoios às Vítimas

O objetivo da Plataforma criada pela Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha  é contribuir para que as vítimas dos incêndios voltem o mais depressa possível ao estilo de vida que tinham anteriormente.

O projeto da FMBLC destina-se a procurar bens duráveis, essenciais para a vida de qualquer família e ajudar no investimento necessário para que as pessoas voltem às suas casas e trabalhos.

 

 

 


Pedidos recebidos e satisfeitos

Durante o período outubro 2017 a outubro 2018, a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha recebeu diversos pedidos de apoio que foi procurando satisfazer à medida que ia referenciando as situações, com a ajuda de agentes no terreno, e recebendo donativos em dinheiro e espécie.

Foram recebidos e distribuídos donativos no valor total de 5.276.64€, com que puderam ser atendidas as situações seguintes:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nota: Os produtos farmacêuticos foram encomendados à farmácia local, de acordo com a prescrição médica, e enviados ao doente.

 


Apoio a Apicultores de Tondela

Entre as vítimas dos incêndios estão também muitos animais e seus proprietários. As abelhas sobreviventes nos vários apiários, durante os seis meses seguintes, não teriam flores suficientes para se alimentarem e produzirem mel. A solução para para este problema foi fornecer-lhes melaço. Um quilo de açúcar misturado com água significa dois litros de substrato.  500 colmeias precisarão de 2,8 toneladas de açúcar.

Por essa razão, foi iniciada uma campanha de recolha e distribuição imediata de açúcar pelos apicultores referenciados no concelho de Tondela.

 

 
Testemunhos:

Missão cumprida☺
Os 100kg de açúcar que recolhemos no consultório viajaram domingo até Aguiar da Beira onde me encontrei com as minhas amigas, promotoras da iniciativa. Foram entregues ao sr. A. M., apicultor de Borralhal, Tondela, para que as suas colmeias sobrevivam ao inverno na paisagem negra e queimada que nos entristeceu ver…foi com olhos marejados de lágrimas que o sr. A.M. nos contou como tantas colmeias arderam nos fogos e como até agora nenhuma ajuda chegou à grande parte dos apicultores. É preciso ajudar no terreno, diretamente a quem necessita…
Deixo-vos as fotos e o meu obrigada especial a todos vós que me ajudaram nesta recolha . Hoje voltei de ❤ cheio. Bem hajam meus amigos.

 I. M. (Seixal)

 

 

Boa Tarde

Recebi com todo o carinho e gratidão a vossa dádiva, pois sem ela muitas colmeias não iam sobreviver.

Sou um apicultor que tinha aproximadamente 700 colmeias. No espaço de poucas horas, arderam 570 colmeias , barracões, armazém e muitas outras coisas. Ficou a nossa casa e toda a minha família, que é o bem mais importante que temos na vida. Toda esta situação quase nos levou ao desespero, pois é um negócio de família e para uma vida. Tivemos semanas muito difíceis, quase nos levou a desistir do sonho.  

Mas as ajudas individuais anónimas começaram a chegar. Nesse momento a poeira começou a baixar. Ao sentir essa onda de solidariedade, não podíamos ir abaixo. Estavam do outro lado amigos que lutavam para que isso não acontecesse.

Quero agradecer do fundo do nosso coração ao movimento “Corta Fogo Solidário” da Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha. Um bem haja a todos os professores, funcionários e pais que fizeram com que esta grande ajuda fosse uma realidade. Guardo os maiores agradecimentos para todos os meninos e meninas da Fundação*, pois foram eles com a sua vontade e querer, ternura e bondade e ensinamentos de ajudar os outros que levaram este projeto para a frente. Para estes meus grandes heróis, um beijo do tamanho do mundo e tudo de bom para todos. 

Amigos, um grande abraço e muito obrigados. 

Atentamente,

V. P. (Tondela)                                                                         

                                                                                            (*Colégio Horizonte)


Nota:  Recebemos informação que o Grupo RAR disponibilizou ajuda, através da oferta de 20 toneladas de melaço, para este mesmo fim. Este apoio está a ser centralizado e coordenado entre a FNAP e as associações de apicultores a quem estes poderão recorrer.


Projeto Cabo Verde 2017

Projeto Cabo Verde 2017

O Projet15896215_588007951394680_5798623400159278766_oo Cabo Verde (PCV) é um projeto de voluntariado internacional para a cooperação, desenvolvido por estudantes universitárias e jovens profissionais.

Resulta da parceria entre várias associações portuguesas – a Fundação Maria Beatriz Lopes da Cunha, os Álamos, o Rampa Clube, a Cooperativa de Telheiras para a Promoção da Solidariedade e da Cultura, CRL e a Associação Cultural das Areias – em colaboração com a comunidade local cabo-verdiana.

A estratégia de intervenção abrange três pilares fundamentais do desenvolvimento social: educação e formação, saúde e ambiente. A intervenção no terreno, em 2017, efetivou-se de 25 de julho a 13 de agosto e decorreu no bairro do Fonton, na cidade da Praia.

Os objetivos globais e específicos do Projeto pretenderam dar um contributo para fazer dos beneficiários os protagonistas do seu próprio desenvolvimento e, complementarmente, apostar na formação das voluntárias, valorizando a iniciativa de cada uma e proporcionando uma oportunidade de treinar, ganhar e aperfeiçoar competências.

Com o intuito de maximizar o impacto do PCV e potenciar a sua intervenção, foi estabelecida uma relação muito próxima com a comunidade local, nomeadamente o Centro de Intervenção Comunitária de Fonton.

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